Escola da Duda: a inesquecível experiência de Isadora na Copa Gramado

A participação da Escola da Duda na Copa Gramado, realizada no último final de semana na Serra Gaúcha, foi marcada por muito mais do que gols e resultados em campo. Para muitas meninas, foi a primeira vez longe de casa, a primeira competição oficial e, principalmente, a confirmação de que sonhos podem começar a se tornar realidade com apoio, coragem e oportunidade.

Entre tantas histórias emocionantes que marcaram a viagem, o depoimento de uma mãe chamou a atenção da equipe e sintetizou o verdadeiro alcance do projeto. A filha dela, Isadora, participou do torneio e voltou para casa levando mais que uma medalha no peito.

“Isadora amou muito, porque foi a primeira vez que saiu de Porto Alegre. Essa medalha significa muito pra ela. Ela me disse: ‘Mãe, vou levar essa medalha pra minha comunidade e incentivar meus amigos e amigas que jogam na escola e na praça da favela. Mesmo sem chuteira, com o pé descalço, a gente carrega o amor pelo futebol na alma. É um momento em que esquecemos a violência onde moramos’”, relatou a mãe, emocionada.

Na mesma madrugada em que precisaram conviver com o som de tiros em sua comunidade, Isadora e sua família acordaram cedo para arrumar a mochila e seguir viagem rumo a Gramado. “Com fé em Deus, fui conquistar meu sonho de ser jogadora de futebol”, contou a menina à mãe, que fez questão de registrar o orgulho de ver a filha representando o projeto. Para que Isadora pudesse viajar, as professoras da Escola da Duda organizaram uma vaquinha solidária — mais um exemplo da rede de apoio que o esporte feminino tem construído.

A Copa Gramado foi mais um capítulo de fortalecimento da Escola da Duda como um espaço de formação cidadã, inclusão e empoderamento através do futebol. Histórias como a de Isadora reforçam o compromisso do projeto com o desenvolvimento integral das alunas – dentro e fora das quatro linhas.